No próximo dia 9, cerca de 40 mil
homens que frequentam rituais secretos semanais, usam códigos para
reconhecimento mútuo e se tratam socialmente como "irmãos" irão às
urnas para escolher seu líder máximo.
Em quase 3.000 lojas maçônicas
pelo país, os maçons que ostentam o título de "mestre" do Grande
Oriente do Brasil (GOB) --o maior ramo da maçonaria brasileira- irão escolher
seu próximo soberano grão-mestre geral.
Cheia de simbolismos, a
organização reproduz internamente a hierarquia institucional da República, com
deputados, juízes, governadores e outros. Dentro da instituição, e guardadas as
proporções, o cargo em disputa equivale ao da presidente Dilma Rousseff.
A maçonaria costuma ser definida
pelos próprios maçons como um clube que reúne "homens livres e de bons
costumes", patrióticos e engajados em promover os princípios do lema
"liberdade, igualdade e fraternidade".
Os rituais secretos são feitos em
templos decorados com imagens celestes, falsas colunas gregas e símbolos do
zodíaco. Lojas são os grupos fixos de maçons que se reúnem para os rituais.
Dentro da ordem há várias
designações, usadas conforme o status do filiado: chanceler, guardião,
soberano, venerável, eminente e sapientíssimo são algumas delas.
Em certos locais, maçons são
reconhecidos pelo engajamento em ações filantrópicas. No senso comum, levam a
fama de homens influentes e misteriosos que se ajudam para enriquecer, "um
estereótipo bem distante da realidade", diz o engenheiro Francisco
Anselmo, deputado maçom e estudioso do assunto.
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